quarta-feira, 20 de agosto de 2008


Os meus pés estão cansados e a caminhada ainda nao chegou ao fim.

Pergunto-me se algum dia encontrarei o que procuro, e pergunto-me também, o que estou procurando.
Lanço-me nas estradas, não olhando a distâncias, correndo riscos, mas sem traçar uma rota definitiva.
Por vezes perco-me e volto para trás, faço travagens bruscas, ando à boleia, mas frequentemente eu me questiono:
será que alguém se pode perder sem saber sequer para onde quer ir?!
Esta incerteza torna os meus passos inseguros, o meu olhar vacila nas direcções, o meu coração não se decide, e o vento engana-me de novo.
O meu sangue revela a minha travessia, o seu vermelho profundo, vivo, quente, vai manchando os caminhos por onde passei, as pedras onde me cortei, aqueles que conheci, os poucos que amei, os poucos que não esqueci.
Se tentar traçar um mapa, sei que o vento levará as linhas. Se construir um castelo, as ondas vão deitá-lo abaixo, mais cedo ou mais tarde.
Mas eu sei que nunca desaparecerei definitivamente.
Nem ventos, nem tempestades, nem ódios, nem o tempo, me vão apagar.

A razão é simples.
Nunca serei totalmente nada, porque deixo um bocado de mim em tudo o que toco, em todos os que conheço. Por vezes não deixo quase nada, apenas uma leve brisa que recorda a minha presença, e noutras vezes, deixo quase tudo, deixo parte do coração, deixo um pouco de amor.
E enquanto esta memória durar, as imagens, os textos, os abraços, as noites vividas, as amizades, os amores, as aventuras e desventuras, as virtudes...
(e tudo o que me diz respeito)

Nunca se irão por completo, enquanto alguém pensar em mim.
E num futuro longínquo, quando todos nós formos de novo apenas pó de estrelas no imenso espaço, o que eu criar agora, continuará a existir.
Porque a arte não morre nunca. Simplesmente, muda, transfigura-se, esconde-se, mas nunca se perderá.

Se ao menos tudo fosse igual a ti.

Tu, tu és tão importante, tu completas-me.
Sei que sabes que todas aquelas vezes em que eu digo "amo-te melhor amigo" não são ditas assim da boca para fora.
São ditas com o coração e são a única maneira de descrever tudo o que eu passei contigo nestes últimos noveanos.

O teu mundo, é o meu mundo. O teu sorriso é a razão do meu sorriso.
Não consigo ver-te triste. E eu sei que quando estou mal tu fazes tudo por me animar.
Eu gosto de ti, e quem gosta cuida, por isso, mesmo quando não concordo com aquilo de tu fazes, eu vou estar sempre aqui.

Minha jóia. Meu tesouro. És grande parte de mim. És perfeito todos os dias. Quero guardar-te para sempre.

E hoje, agora, neste momento, posso dizer sem a mais pequena dúvida que tu, Rui Afonso Vilão Bravo és o meu Melhor Amigo e mereces tudo e mais.

terça-feira, 19 de agosto de 2008


Troquei os sentidos, mudei as direcçoes.

Está tudo trocado, os desvios apontam onde nao devem, os atalhos nao compensam.
A estrada continua deserta, as nuvens parecem que se movem 250 km à hora. E eu ainda digo que tenho todo o tempo do mundo, um sorriso nao cai do céu, faz-se por ele, fazem-nos por ele.


(Senta-te aqui ao meu lado, trinca-me os labios, faz delicias ao meu coração. Amo-te)

segunda-feira, 18 de agosto de 2008


Talvez não haja razão nenhuma e toda eu seja demência, ou urgência, não sei. Talvez não sejas tu, nem seja eu, nem tenhamos nós que existir.
Talvez devesse simplesmente deixar fugir o momento, em que dentro de ti navego e sonho e acordo a rir.

Talvez tu não sejas mais do que tudo aquilo que a minha imaginação quis criar e não sejas bom nem mau, não sejas forte nem fraco, não tenhas por dentro tanto além daquilo que eu vejo por fora (e que, aqui entre nós, é pouco).
Talvez a razão não me acompanhe nesta viagem e eu percorra a estrada apenas como um louco, sem pequenas questões nem grandes respostas.

E então, poderão perguntar-me:
- Mas afinal, porque gostas?

Talvez eu nesse instante possa responder que é justamente esse não sei quê, que nasce não sei quando, vem não sei como e dói não sei porquê que me faz acreditar.

domingo, 17 de agosto de 2008


De facto eu sou mesmo muito ingénua.
Como é que uma simples curte me pode ter feito sentir aquilo tudo que senti, a uns tempos atrás?!
Eu nunca gostei de ninguém como gostei de ti! ;
Para ti pode ter significado só isso, mas para mim foi mais que uma simples curte.

E se me perguntassem: “Voltavas a repetir tudo de novo se o tempo voltasse atrás?”,
Acredita que a resposta seria SIM! Não mudaria nada do que se passou, pode parecer estranho porque como tu sabes e imensa gente o sabe eu sofri, sofri muito. Mas tu ajudas-te-me a crescer e só por isso devo-te um obrigada.

Adoro-te primo <3
(Diogo Amaral)

domingo, 10 de agosto de 2008

Olho para o livro da minha vida e penso que será mais fácil viver e ser feliz se arrancar, uma a uma, as páginas do que vivi contigo.

Então, com mãos decididas, arranco o dia em que te conheci, pico com pionés todos os beijos que te dei, corto com a tesoura as palavras que dissemos, utilizo o x-acto para afastar o teu corpo do meu. Apago, com borracha, os sonhos por realizar e com um compasso desenho dois círculos afastados para cada um de nós. Como se tudo isto não bastasse meto-te debaixo do pisa-papéis para que de lá não saias, para que a tua recordação de lá não volte. E se ainda não for suficiente e se mesmo assim insistires muito, meto-te num triturador de papéis para ter a certeza que vais desaparecer de vez.

Com a vida em pedaços, olho para os destroços que se espalharam pela cama… e as lágrimas percorrem. Não quero que seja assim… dói ainda mais. Lentamente decido-me a fazer bricolage com a vida, e com Super-Cola 3, colo cada bocadinho de ti… cada bocadinho de mim… cada bocadinho de nós… apago com o que disse e não devia ter dito, e com corrector desfaço o que fiz e não devia ter feito. Com agulha e dedal volto a unir os nossos pedaços e com uma aguarela branca preparo-me para redesenhar um novo destino. Porque afinal, eu gosto “um bocadinho” de ti e estou aqui para ti, basta perceberes… basta quereres!

(Será que a bricolage não foi feita vezes demais?)