Dei imensas voltas na cama e nada, o sono não vinha.
Tentei mais uma, duas vezes e nada… Olhei para o relógio e as horas não passavam.
Levantei-me, fui até à janela e lá fiquei na esperança que o sono aparecesse. A noite estava perfeita e o mar sereno. Nessa altura lembrei-me de todos os momentos que com o mar tinha partilhado, todos os desabafos e confidencias, risos e choros. Ele sempre me ouvira e nunca me desiludira. Sabia que com ele podia contar, sempre estaria ali no sítio do costume para me ouvir e apoiar.
Dei por mim com um imenso sorriso na cara e já perto do mar. Sentei-me à beira-mar e fiquei a olhar para a lua reflectida no belíssimo mar, a vontade de lá entrar e nadar era muita, mas tive de me conter.
Num sussurro agradeci ao meu grande amigo tudo o que ele tem feito por mim.
Como por magia nessa altura pareceu-me ouvi-lo falar, disse-me que nada tinha a agradecer. Fiquei surpreendida, mas a alegria era muita e não me contive, apesar de ser tarde, saltei para ele. Voltei a pensar como seria se o mar não existisse e conclui que se o mar não existisse, também não existiria.
(Trabalho de Português, fiz-o um bocadinho contra minha vontade, mas teve de ser... e como até saiu bem coloco-o aqui!)